quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A cura do cérebro

                                               


Dicas para melhor compreender e atender quem viveu um derrame:


1. Para o cérebro em recuperação se restabelecer, ele precisa de tempo: seja compreensivo e carinhoso.

2. Deixe o ritmo da vida atribulada de lado: fale com calma, voz baixa e pausada. Fale olhando nos olhos.

3. Lembre-se de que o cérebro de quem sofreu o derrame ainda não está funcionando normalmente: seja paciente se tiver que explicar várias vezes a mesma coisa.

4.Os remédios tornam muito lenta a competência cognitiva: incentive o paciente, dizendo que é só uma fase, e antecipe qual será a fase seguinte. Assim, ele se sentirá mais seguro.

5. Apesar de "por fora" parecer que está bem, "por dentro" a mente-cérebro parece um "fliperama": não fale alto, não exponha o paciente a muitos estímulos visuais e  situações de estresse emocional, se possível.

6. O contato com o corpo é muito importante: uma massagem, um carinho ou simplesmente um toque. Seja muito atento à resposta corporal.

7. É importante estimular o cérebro, sempre. Mas é igualmente importante respeitar a energia disponível: não tenha pressa.

8. Incentive situações de relaxamento. Respeite os horários de sono.

9. Após um derrame, o mundo é visto e percebido assim como sentem os olhos de uma criança. Este fato não é preguiça nem ignorância, mas uma limitação e uma estratégia momentânea do próprio cérebro.

10. Todo cérebro está sempre aprendendo. Inclusive o de quem sofreu um derrame cerebral. Portanto, é importante acreditar na recuperação parcial e total, entendendo que esta tem fases.

11. Como num quebra-cabeça embaralhado, é importante selecionar "uma peça por vez" para remontar o cérebro. Um passo por vez, um dia por vez são estratégias pertinentes.

12. Não facilite as ações que podem ser desempenhadas. Só exercitando a mente e o corpo é que se consegue recuperar ou melhorar as funções neurocognitivas.

13. Incentive e oriente o que motiva, interessa e dá prazer. Ao longo desta "estrada" é que serão refeitas competências e criadas "pontes" para alcançar novas possibilidades.

14. Lembrese: todas as pessoas mudam todos os dias. Um exemplo: trocamos células diariamente, trocamos de pele diariamente. Para quem sofreu um AVC, não é diferente seu cérebro também está mudando e melhor, fazendo um esforço para se recuperar. É importante demonstrar que há cumplicidade e transformação tanto para quem viveu o derrame quanto para quem está próximo.

15. Organizar uma equipe de cuidadores é muito valioso. Quem está muito perto vai se cansar. A diversidade e o comprometimento, a rede de informações e diálogos dos apoios fará muita diferença.

16. Lembrese de que a baixa estima, a dificuldade no autorreconhecimento, os medos e angústias estarão muito presentes. Ajude o paciente a recuperar imagens de si mesmo e a valorizar novas habilidades e aprendizados.

17. A fé na vida e a ajuda ao próximo são fundamentais mesmo que simbolicamente, para o processo de reabilitação. O contato com quem precisa ainda de mais cuidados ou quem tem ainda outras dificuldades pode ser muito benéfico.

18. Foque no que ele ou ela é competente para fazer e também no que não é. Preste ajuda sem cobranças ou descrédito.

19. Valorize quem a pessoa é, o que ela já viveu e o que ainda viverá.

20. O cérebro é um órgão que insere limites, mas muitas possibilidades. As evidências da plasticidade cerebral e da plasticidade emocional são um desafio muito especial e promissor para todos os envolvidos. ONDE EXISTE ESPERANÇA E AÇÃO EXISTE SUPERAÇÃO Alguns sinais que podem indicar a ocorrência de AVE. O AVE manifestase de modo diferente em cada indivíduo, pois depende: da área do cérebro atingida e do tamanho da mesma, do tipo (isquêmico ou hemorrágico), do estado geral do paciente da idade e características biogenéticas. Uma das principais características na ocorrência de um derrame é a rapidez com que aparecem as alterações. Dentre elas, as mais comuns são: Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo, com dificuldade para se movimentar; Alteração da linguagem, pois a pessoa passa a falar "enrolado" ou sem conseguir se expressar ou sem conseguir entender o que lhe é dito; Perda de visão de um olho ou parte do campo visual de ambos os olhos; Dor de cabeça súbita semelhante a uma "paulada" sem causa aparente, seguida de vômitos, sonolência ou coma; Perda de memória, confusão mental e dificuldades para executar tarefas habituais. esses sintomas ou alterações não são exclusivos do AVE. Porém, servem como sinais de alerta de que algo está acontecendo, e a pessoa que apresenta esses sinais deve procurar auxílio médico imediatamente.


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Viviane da Rosa
Socióloga
Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação de Santa Catarina

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