quinta-feira, 19 de novembro de 2015

GASTROSTOMIA

TUDO SOBRE GASTROSTOMIA NESTE LINK:
                    
                  http://www.westmariana.com/gastrostomia.htm

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Viviane da Rosa
Socióloga
Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação de Santa Catarina

"Leva dois minutos para aprender sobre como o Acidente Vascular Cerebral  pode afetar você, ou as pessoas que você ama: http://www.take2forstroke.com.br/. Aprenda e espalhe!!!!"

VIVER APÓS UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

VIVER APÓS UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Link: http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i005652.pdf



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Viviane da Rosa
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Lista de bens financiáveis pelo BB Acessibilidade

                                                                 



Link: http://www.bb.com.br/portalbb/page17,19314,19315,0,0,1,1.bb


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Viviane da Rosa
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Guia para cuidadores informais pós-AVC

Guia para cuidadores informais pós-AVC

Link: www.gruposaolucas.com.br/orientacoes/arquivo/guia-de-procedimentos/


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Cartilha Pós-AVC Hospital São José Joinville - SC

Cartilha Pós-AVC Hospital São José Joinville - SC

Link: http://www.abavc.org.br/wp-content/uploads/2013/12/montagem-unitaria-da-cartilha.pdf

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Programa Melhor Em Casa

Os municípios precisam aderir ao Programa para que o atendimento ocorra!

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A cura do cérebro

                                               


Dicas para melhor compreender e atender quem viveu um derrame:


1. Para o cérebro em recuperação se restabelecer, ele precisa de tempo: seja compreensivo e carinhoso.

2. Deixe o ritmo da vida atribulada de lado: fale com calma, voz baixa e pausada. Fale olhando nos olhos.

3. Lembre-se de que o cérebro de quem sofreu o derrame ainda não está funcionando normalmente: seja paciente se tiver que explicar várias vezes a mesma coisa.

4.Os remédios tornam muito lenta a competência cognitiva: incentive o paciente, dizendo que é só uma fase, e antecipe qual será a fase seguinte. Assim, ele se sentirá mais seguro.

5. Apesar de "por fora" parecer que está bem, "por dentro" a mente-cérebro parece um "fliperama": não fale alto, não exponha o paciente a muitos estímulos visuais e  situações de estresse emocional, se possível.

6. O contato com o corpo é muito importante: uma massagem, um carinho ou simplesmente um toque. Seja muito atento à resposta corporal.

7. É importante estimular o cérebro, sempre. Mas é igualmente importante respeitar a energia disponível: não tenha pressa.

8. Incentive situações de relaxamento. Respeite os horários de sono.

9. Após um derrame, o mundo é visto e percebido assim como sentem os olhos de uma criança. Este fato não é preguiça nem ignorância, mas uma limitação e uma estratégia momentânea do próprio cérebro.

10. Todo cérebro está sempre aprendendo. Inclusive o de quem sofreu um derrame cerebral. Portanto, é importante acreditar na recuperação parcial e total, entendendo que esta tem fases.

11. Como num quebra-cabeça embaralhado, é importante selecionar "uma peça por vez" para remontar o cérebro. Um passo por vez, um dia por vez são estratégias pertinentes.

12. Não facilite as ações que podem ser desempenhadas. Só exercitando a mente e o corpo é que se consegue recuperar ou melhorar as funções neurocognitivas.

13. Incentive e oriente o que motiva, interessa e dá prazer. Ao longo desta "estrada" é que serão refeitas competências e criadas "pontes" para alcançar novas possibilidades.

14. Lembrese: todas as pessoas mudam todos os dias. Um exemplo: trocamos células diariamente, trocamos de pele diariamente. Para quem sofreu um AVC, não é diferente seu cérebro também está mudando e melhor, fazendo um esforço para se recuperar. É importante demonstrar que há cumplicidade e transformação tanto para quem viveu o derrame quanto para quem está próximo.

15. Organizar uma equipe de cuidadores é muito valioso. Quem está muito perto vai se cansar. A diversidade e o comprometimento, a rede de informações e diálogos dos apoios fará muita diferença.

16. Lembrese de que a baixa estima, a dificuldade no autorreconhecimento, os medos e angústias estarão muito presentes. Ajude o paciente a recuperar imagens de si mesmo e a valorizar novas habilidades e aprendizados.

17. A fé na vida e a ajuda ao próximo são fundamentais mesmo que simbolicamente, para o processo de reabilitação. O contato com quem precisa ainda de mais cuidados ou quem tem ainda outras dificuldades pode ser muito benéfico.

18. Foque no que ele ou ela é competente para fazer e também no que não é. Preste ajuda sem cobranças ou descrédito.

19. Valorize quem a pessoa é, o que ela já viveu e o que ainda viverá.

20. O cérebro é um órgão que insere limites, mas muitas possibilidades. As evidências da plasticidade cerebral e da plasticidade emocional são um desafio muito especial e promissor para todos os envolvidos. ONDE EXISTE ESPERANÇA E AÇÃO EXISTE SUPERAÇÃO Alguns sinais que podem indicar a ocorrência de AVE. O AVE manifestase de modo diferente em cada indivíduo, pois depende: da área do cérebro atingida e do tamanho da mesma, do tipo (isquêmico ou hemorrágico), do estado geral do paciente da idade e características biogenéticas. Uma das principais características na ocorrência de um derrame é a rapidez com que aparecem as alterações. Dentre elas, as mais comuns são: Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo, com dificuldade para se movimentar; Alteração da linguagem, pois a pessoa passa a falar "enrolado" ou sem conseguir se expressar ou sem conseguir entender o que lhe é dito; Perda de visão de um olho ou parte do campo visual de ambos os olhos; Dor de cabeça súbita semelhante a uma "paulada" sem causa aparente, seguida de vômitos, sonolência ou coma; Perda de memória, confusão mental e dificuldades para executar tarefas habituais. esses sintomas ou alterações não são exclusivos do AVE. Porém, servem como sinais de alerta de que algo está acontecendo, e a pessoa que apresenta esses sinais deve procurar auxílio médico imediatamente.


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Viviane da Rosa
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O papel da Terapia da Fala na Recuperação de AVC


O Papel da Terapia da Fala na Recuperação de AVC




O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte em Portugal, com consequências devastadoras para as vítimas e respectivos familiares. Entre os que sobrevivem ao AVC, uma média de dois terços ficará com sequelas que resultarão em algum tipo de deficiência. Contudo, com intervenção médica imediata e a ajuda de especialistas em reabilitação, muitas das vítimas de AVC poderão, ao longo do tempo, vir a reconquistar algumas das suas capacidades perdidas.


As dificuldades relacionadas com AVC mais comuns são aquelas que envolvem as capacidades de fala, linguagem e deglutição. Uma vez que o AVC pode afectar áreas diferentes do cérebro, os problemas que as pessoas podem sentir durante a recuperação poderão variar muito. Por exemplo, um AVC no lado esquerdo do cérebro poderá prejudicar a fala e linguagem, enquanto um AVC no lado direito poderá ter um impacto significativo nas funções cognitivas tais como o raciocínio, resolução de questões e recordações. Deste modo, qualquer pessoa que tenha sofrido um AVC deverá ser imediatamente avaliado por um especialista em Terapia da Fala.


Não serão a fala e a linguagem a mesma coisa?

A fala e a linguagem estão intimamente ligadas, mas são coisas diferentes. A fala é a produção dinâmica de sons vocais com o propósito de comunicar. A linguagem compreende a organização dos nossos pensamentos em palavras e frases para transmitir algo com significado. O AVC pode ter impacto tanto na fala como na linguagem, ou apenas num e não no outro.


Como é que os AVC afectam a deglutição?

Um AVC pode ter impacto em áreas do cérebro que controlam o movimento dos músculos da boca, a faringe (ou garganta), e na área laríngea (que inclui as cordas vocais). O AVC também pode enervar toda esta área, o que resultará numa perda de sensibilidade na garganta. Isto significa que as pessoas nem sempre estarão cientes do estado de fraqueza em que se encontram. Isto porque poderão ter problemas em engolir comida e líquidos, o que as coloca em risco de aspiração, o que significa que aquilo que estão a engolir poderá passar para os pulmões. Para os mais velhos, a aspiração poderá ser fatal, na medida em que poderá levar a uma pneumonia.


Qual o papel do profissional de Terapia da fala?

Normalmente, são chamados durante as primeiras 24 horas de internamento das vítimas de AVC. Durante a primeira avaliação clínica, são observados todos os processos de deglutição. É neste momento que se tenta determinar o quão eficazmente é que o paciente consegue mover a comida da boca para baixo, através da garganta. É aqui é que é avaliada a eficácia e segurança da deglutição do paciente. Ao observar todo o ciclo, o profissional de Terapia da Fala faz recomendações em termos de dieta, exercícios orais e estratégias compensatórias para tornar a deglutição mais segura. Por vezes, será recomendada uma videofluoroscopia para que se tenha uma ideia mais clara sobre se a comida percorrerá o seu caminho pelo esófago ou se irá até aos pulmões.


Como ajudar as pessoas cuja capacidade de comunicação foi afectada pelo AVC?

O profissional de Terapia da Fala começará por examinar todos os parâmetros de comunicação, incluindo a compreensão da linguagem e a capacidade da pessoa para encontrar as palavras certas para exprimir os seus pensamentos. Será também avaliada a qualidade da voz e a capacidade de articulação clara. Assim que as capacidades e áreas de dificuldade se encontrarem definidas, o profissional de Terapia da Fala poderá adoptar estratégias de tratamento para desenvolver os meios de comunicação. Aqui é importante que os pacientes que recuperam do AVC consigam comunicar adequadamente as suas necessidades. Por fim, para aqueles pacientes que perderam a sua capacidade de percepção do que lhes é dito, o profissional de Terapia da Fala começa por construir essa capacidade.


Quanto temo vai demorar a recuperar?

O tempo de recuperação é diferente, dependendo da localização e da severidade do AVC. A recuperação mais espontânea ocorre nos primeiros três a seis meses que se seguem ao AVC. Os profissionais de terapia da fala poderão ajudar os pacientes a tirar o maior partido possível da recuperação, ajudando-os também a desenvolver estratégias de compensação para as áreas em que ainda não recuperaram as suas capacidades em pleno.

Quanto mais desafiado e estimulado for o cérebro, mais provável é que se registrem melhorias ao longo do tempo. Isto significa que o sobrevivente de AVC deve continuar a falar mesmo que tal seja difícil. Devem também tentar ler e escrever, tentando aprender novas coisas. Para muitos dos pacientes mais velhos, tal pode mesmo significar aprender a utilizar um computador. Através da utilização contínua de cada modo diferente de comunicação afectado pelo AVC, muitas pessoas continuam a mellhorar ao longo do tempo. Algumas das recuperações são mesmo milagrosas!


Fonte: http://www.associacaoavc.pt/
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Viviane da Rosa
Socióloga
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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

DORES NO PÓS-AVC

Sobre a dor no pós-avc: pode ocorrer uma dor local, ou seja, nas articulações e, frequentemente, é devido ao mal posicionamento de alguma articulação devido à espasticidade e rigidez muscular. Já a dor central é constante, moderada, ou severa e piora ao toque, movimento, emoções e mudanças de temperatura. Os tratamentos que podem ajudar na DOR CRÔNICA: anti-depressivos, anti-espasticidade; fisioterapia; injeções de cortisona; calor e exercícios de alongamento; estimulação elétrica nos nervos. Muito importante: além de consulta com médico para indicação do medicamento mais apropriado, principalmente, no caso de depressão por dor crônica é falar honestamente com seus cuidadores sobre suas dores, para, juntos, encontrarem a melhor solução para amenizá-las!
Esta é tradução de parte do texto encontrado em:http://stroke.org/…/fi…/resources/NSAFactSheet_Pain_2014.pdf


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Viviane da Rosa
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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Problemas enfrentados no pós-avc

PROBLEMAS ENFRENTADOS  PELOS SOBREVIVENTES E SEUS FAMILIARES NO PÓS-AVC
 Caderno muito interessante: http://www.stroke.org/sites/default/files/resources/NSA_Mobility_brochure.pdf
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Viviane da Rosa
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terça-feira, 22 de setembro de 2015

AAVCC - Associação Acidente Vascular Cerebral de Cuiabá: Desafio da Camiseta

AAVCC - Associação Acidente Vascular Cerebral de Cuiabá: Desafio da Camiseta: Desafio da Camiseta Desafie 3 pessoas ou mais a participar da campanha da AAVCC gravando um vídeo vestindo uma camiseta utilizando ape...

CARTA ABERTA À FAMÍLIA DE UM AFÁSICO



Aos que lidam com a questão da perda da fala após o AVC. A carta é para a família!



http://www.seremcena.org.br/documentos/carta-aberta-a-familia-de-adulto-afasico.pdf


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Viviane da Rosa
Socióloga
Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação de Santa Catarina

"Leva dois minutos para aprender sobre como o Acidente Vascular Cerebral  pode afetar você, ou as pessoas que você ama: http://www.take2forstroke.com.br/. Aprenda e espalhe!!!!"

DECLARAÇÃO GLOBAL DOS DIREITOS DOS SOBREVIVENTES DE AVC

A Declaração Global dos Direitos do Sobreviventes de AVC é uma ferramenta que

pode ser usada por indivíduos e organizações para comunicar aos cuidadores, às

vítimas de AVC e aos governos e suas agências sobre o que pessoas afetadas pelo

AVC pensam ser as coisas mais importantes para a sua recuperação.





Fonte: http://www.aavc.com.br/?nid=6853


Viviane da Rosa
Socióloga
Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação de Santa Catarina

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terça-feira, 15 de setembro de 2015

TAKE 2...TELL 2

                                             



LEVA 2 MINUTOS PARA VOCÊ APRENDER SOBRE COMO O AVC PODE AFETAR VOCÊ, OU AS PESSOAS QUE VOCÊ AMA E ESPALHAR PARA TODOS USANDO O MATERIAL EDUCATIVO DA CAMPANHA "WORLD STROKE DAY"



VÍDEO EDUCATIVO
http://www.take2forstroke.com.br/


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ALIMENTAÇÃO ENTERAL DOMICILIAR


Em alguns casos, no pós-avc, a pessoa não consegue se alimentar por via oral e precisa de alimentação enteral mesmo em casa. Este Manual da Unicamp é bem importante para orientação dos cuidadores, afinal nestas horas as dúvidas são muitas.

Fonte: http://www.hc.unicamp.br/servicos/emtn/Manual_paciente.pdf

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

METAMORFOSES



Site muito interessante e cheio de informações sobre AVC, vale a pena conferir, super atual.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

WHE STROKE AFFECTS THE THALAMUS

When Stroke Affects the Thalamus

The thalamus is a busy place in the human brain, and a stroke there can have a wide range of effects.


By Jon Caswell


The thalamus is a busy place in the human brain, and a stroke there can have a wide range of effects. Jeremy Schmahmann, professor of neurology at Harvard Medical School, director of the ataxia unit and member of the cognitive behavioral neurology unit at Massachusetts General Hospital, shared more about this type of stroke.

The thalamus, which means "inner chamber" in Greek, is on top of the brainstem near the center of the brain. It has two halves, each about the size of a walnut. "The thalamus is divided into many different areas, which are connected very specifically to different parts of the brain," Dr. Schmahmann said. "A stroke in one part of the thalamus will not have the same effect as a stroke in another part."

The thalamus has many functions, including:

  • It manages our sensitivity to temperature, light and physical touch and controlling the flow of visual, auditory and motor information;
  • The thalamus is involved in motivation, attention and wakefulness;
  • It's in charge of our sense of balance and awareness of our arms and legs;
  • It controls how we experience pain;
  • It's also involved in aspects of learning, memory, speech and understanding language; and
  • Even emotional experiences, expression and our personalities involve the thalamus.

The thalamus can be thought of as a "relay station," receiving signals from the brain's outer regions (cerebral cortex), interpreting them, then sending them to other areas of the brain to complete their job.

Though relatively small, the thalamus controls a big part of how our bodies function and respond to the world around us. "The thalamus has dense connections to all the parts of the brain and receives information from all parts of the brain," Dr. Schmahmann said. Only a small part of the thalamus receives input from the outside world or sends information to the outside world. Mostly the thalamus helps the cortex and other cells deep within the brain to communicate with each other.

CENTRAL PAIN SYNDROME

A stroke in a certain area of the thalamus may lead to 'thalamic pain,' also known as central pain syndrome. The pain can be intense, usually in the affected arm and hand, and may cause a disturbing burning or freezing sensation. Some survivors report an intense prickly feeling, like being stuck repeatedly with needles. A similar problem, called pseudo thalamic pain syndrome, occurs when a stroke in the white matter of the brain breaks the connections between the thalamus and cerebral cortex, but hasn't injured the thalamus itself.

Central pain doesn't typically respond to regular pain medicines and often doesn't occur until weeks after the stroke happens. This can be a roadblock to recovery for a survivor who is doing well in rehab. For more information about Central Pain Syndrome, see When the Pain Never Goes Away from a past issue of Stroke Connection. 

"The thing that makes the thalamus quite special is that it's a relatively small, very concentrated area deep inside the brain, and a small change in the location of the stroke can produce a substantial change in how the stroke affects the survivor," Dr. Schmahmann said.

For example, a stroke in the thalamus may cause drowsiness, contribute to the development of epilepsy, impact a survivor's attention span, or a sense of apathy.

A stroke in the front part of the thalamus can affect memory, including memories about one's own life. "As a result, a stroke patient can have what looks like instant onset of Alzheimer's disease," Dr. Schmahmann said.

Injury to another part of the thalamus may impede movement, balance or strength.

Very large strokes in the thalamus can cause many problems. If both sides are injured, destroying connections to the rest of the brain, it may result in coma. "Fortunately, the brain's wiring has a degree of plasticity, and if the stroke is only in the thalamus, some people can recover and do quite nicely because the rest of the brain has ways of making up for it," Dr. Schmahmann said. "But they may not completely return to normal."

Because the thalamus shares its blood supply with the brainstem, occipital lobe and temporal lobe of the brain, strokes in those areas can also affect the thalamus. Depending on which lobe is affected, the survivor may experience visual field loss (hemianopsia), memory loss or problems with swallowing and breathing.

Recovery is more challenging for these strokes because there are many more areas of the brain involved.

How a thalamic stroke affects the survivor depends on which part of the thalamus is injured, and whether the injury is on the left or right side of it. Effects can include loss of sensation, strength and control of movement of the opposite side of the body, memory loss, language deficits (aphasia), and a loss of the ability to remember faces. However, according to Dr. Schmahmann, the prognosis for survivors of thalamic stroke is generally better than those who experience stroke in the cerebral cortex.

THE HYPOTHALAMUS

The hypothalamus, Greek for "under chamber," is located between the thalamus and the brainstem, which is at the top of the spine. It is smaller than the thalamus, about the size of an almond. Like the thalamus it is made of distinct collections of cells called nuclei.

"It is very densely packed and linked to many parts of the brain involved in body homeostasis [keeping body temperature, pH levels and other internal conditions stable], body integrity (the awareness of and level of comfort with one's own limbs) and survival, as well as higher level functions such as memory, personality and behavior," Dr. Schmahmann said.

The hypothalamus controls body temperature, thirst, hunger and blood pressure as well as sleep and the sleep-wake cycle. "There may be problems with maintenance and regulation of sleep, which has a dramatic influence on how people feel because sleep is such an important part of normal physiology," Dr. Schmahmann said. "Injury in the hypothalamus can affect memory and personality as well. Weight gain or weight loss is also regulated by the hypothalamus."

The hypothalamus regulates how much water our bodies store and our electrolyte balance. In addition, it controls some metabolic processes and produces hormones that stimulate or inhibit pituitary hormones, which control growth, blood pressure and metabolism, among other things. It even affects parenting and attachment behaviors.

In addition to responding to light, smells and stress, the hypothalamus links the brain to the hormonal system. It acts as a thermostat and either stimulates heat production and retention or stimulates sweating and dilation of blood vessels to cool the body. The hypothalamus causes fever when microorganisms invade.

A stroke in the hypothalamus can cause problems in any of these areas. For instance, a stroke might:

  • Affect hormones that impact fluid control;
  • Cause temperature to fluctuate wildly; and
  • Cause changes in appetite.

"Fortunately the thalamus and hypothalamus tend to recover with time, especially if it's only one side," Dr. Schmahmann said. "Exactly how much they recover depends on exactly how big the stroke is."


Fonte: http://strokeconnection.strokeassociation.org/Spring-2015/When-Stroke-Affects-the-Thalamus/

Postado por: Viviane da Rosa, socióloga

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

MODELO DE UNIDADES DE CONVALESCENÇA E REABILITAÇÃO PÓS-AVC

Resultado de imagem para UNIDADES DE REABILITACAO AVC PORTUGAL

O modelo de Unidades de Convalescença e Unidades de Reabilitação pós-AVC proposto por Portugal é baseado em evidências epidemiológicas e em uma visão internacional da questão.

Acesse o documento na íntegra: http://www.acss.min-saude.pt/Portals/0/Unidades%20Reabilita%C3%A7%C3%A3o%20de%20AVC.pdf

Postado por: Viviane da Rosa, socióloga

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL

O doente com AVC

A Doença Vascular Cerebral, habitualmente chamada AVC (Acidente Vascular Cerebral), é uma das principais causas de mortalidade e de morbilidade dos países ocidentais (3ª causa nos USA e 2ª em todo o Mundo).

Em Portugal é a principal causa de morte, de morbilidade e de internamento hospitalar. Em 2002, 20% das mortes ocorridas no nosso país, foram devidas a AVC, estimando-se que tenham ocorrido cerca de 9 AVC por hora.

Em geral, é uma doença do idoso (72% dos casos) com uma incidência de 9.4/1000 em idades superiores a 75 anos e de 2/1000 em idades inferiores a 55 anos, mas foi no entanto a 4° causa de mortalidade entre os 45 e os 65 anos no ano 2002. É mais frequente nos doentes do sexo masculino com uma relação de 2 para 1.5 e, nos doentes de raça negra 65% dos AVC ocorrem abaixo dos 65 anos.3 Assim, o AVC é uma doença extremamente frequente, embora subestimada, em que os recursos terapêuticos são, ainda escassos a recuperação é prolongada e dispendiosa e as sequelas enormes.

O impacto desta doença nos doentes e suas famílias é enorme visto originar uma diminuição da qualidade de vida, um aumento da incapacidade física, intelectual e da dependência, ficando cerca de 25 % dos doentes totalmente dependentes.

O AVC não é uma doença imprevisível nem irreversível, visto os factores de risco serem facilmente identificáveis e a sua redução diminuir as recorrências. Alguns autores defendem que cerca de 80% dos AVC podem ser prevenidos. Estima-se que em Portugal evitar-se-ião cerca de 175.000 AVCs nos próximos 10 anos caso se aplicassem as recomendações da prevenção secundária. Deste modo impõem-se o controlo efectivo dos factores de risco modificáveis neste tipo de doentes, principalmente o controlo da Pressão arterial. A hipertensão arterial (responsável por cerca de 6% da mortalidade mundial), é o principal, mas não o único, factor de risco de AVC, mas é aquele cujo tratamento mais benefícios produz. Durante os últimos 30 anos o tratamento da hipertensão melhorou muito, contribuindo para um decréscimo na mortalidade por AVC.

No entanto a maior parte dos doentes hipertensos continua com a PA não controlada. Estudos recentes revelam que a prevalência da hipertensão arterial atinge cerca de 44% da população europeia com mais de 40 anos, que 30% dos doentes hipertensos desconhecem a sua doença e que 42% não são tratados com medicação. Infelizmente só 10-18% dos doentes tratados atingem os objectivos propostos ou seja têm valores tencionais inferiores a 140/90 mmHg.8 A hipertensão sub diagnosticada, não tratada e não controlada revela uma lacuna importante dos sistemas de saúde, levando a um aumento das suas complicações nomeadamente insuficiência cardíaca, insuficiência renal terminal mas principalmente da doença vascular cerebral (AVC).

A hipertensão deve ser encarada como um problema de saúde publica, mas o seu controlo depende do tratamento individual adequado. Se não forem recomendadas modificações do estilo de vida, utilizadas doses correctas de fármacos anti-hipertensores, ou associações apropriadas, a PA não é devidamente controlada.

A relação entre a Pressão Arterial e o risco de eventos cardiovasculares é continuo, consistente e independente de outros factores de risco e quanto maior for a PA maior a probabilidade de existir Doença Vascular Cerebral. Em indivíduos com idades entre os 40 e 70 anos de idade e para valores de PA de 115/75 a 185/115 mmHg, cada aumento de 20 mmHg na PA sistólica ou de 10 mm Hg na PA diastólica leva a uma duplicação do risco de AVC. Por outro lado, nos doentes com idade compreendida entre 60 e 79 anos, a redução de cada 10mm Hg da PA sistólica reduz a incidência de AVC em um terço, sendo esta redução consistente até valores de 115 mmHg para todos os sexos e tipos de AVC.

Outros estudos demonstraram ainda, que a redução em 5 mmHg da PA diastólica estava associada a uma redução de 30-40 % no risco de AVC. Assim, os benefícios de baixar a PA são enormes; estima-se que em doentes com hipertensão arterial e outros factores de risco cardiovasculares, uma redução mantida de 12 mmHg na PA sistólica durante 10 anos evita 1 morte por cada 11 doentes tratados, e que em doentes com doença cardiovascular ou lesões em órgãos alvo, só seria necessário tratar 9 doentes para evitar uma morte.

Diversos estudos prospectivos mostraram uma relação positiva entre a PA e o risco de AVC, não se tendo verificado o limite inferior de PA a partir do qual o risco de AVC não continue a diminuir. Embora todas as formas de hipertensão arterial (sistólica e diastólica isoladas ou combinadas) estejam associadas a um risco elevado de AVC, a pressão arterial sistólica isolada é um factor preditivo mais importante do que a pressão arterial diastólica, principalmente nos idosos.

A Sociedade Europeia de Hipertensão e o JNC-7 divergem no que respeita à classificação da HTA, mas ambas recomendam que todos os indivíduos com HTA façam terapêutica medicamentosa, na maior parte dos casos com 2 ou mais medicamentos, para além da modificação dos estilos de vida.

A National Stroke Association recomenda 3 estratégias para diminuir o risco de AVC nos doentes hipertensos. Estas estratégias são:

  • A pressão arterial deve estar controlada em todos os doentes hipertensos;
  • Os médicos devem avaliar a TA em todos os doentes observados;
  • Os doentes hipertensos devem monitorizar a pressão arterial no domicilio.

A American Heart Association (AHA) sugere que a medicação anti-hipertensora deve ser iniciada de imediato se TA > 180/100 ou TA > 130/80 nos diabéticos ou insuficientes renais e se, apesar das modificações do estilo de vida durante 3 meses se mantiver TA > 140/80.

Uma meta analise (Blood Pressure Lowering Treatment Trialist Collaboration) que incluiu 13948 doentes com HTA, mostrou uma redução de 23% no risco de AVC quando comparou uma terapêutica antihipertensora mais agressiva com uma menos agressiva, e que existe pouca evidência de benefícios adicionais específicos relativamente às diversas classes de hipotensores. Esta meta analise mostrou ainda que, embora todas as classes de antihipertensores tenham sido eficazes na redução da TA, a eficácia dos antagonistas do cálcio foi superior á das restantes classes.

Até ao momento podemos concluir que, embora se levante a hipótese de que alguns agentes antihipertensores (IECAS e ARA 2) tenham outras propriedades para além das hipotensoras, não existem ainda provas de que o seu efeito no AVC seja para além do efeito hipotensor.

Deste modo deve-se considerar que o principal objectivo na prevenção do AVC é a redução agressiva da Pressão Arterial.

Resultados semelhantes tinham sido apresentados numa meta-análise realizada em 62.605 doentes de nove estudos randomizados em que os IECAS, diuréticos, bloqueadores — beta e os antagonistas do cálcio, eram mais eficazes na redução do AVC.

A amlodipina origina uma vasodilatação arterial e uma redução da resistência periférica lenta e duradoira, visto a sua semi-vida ser de 30-50 horas, permitindo a administração em toma única diária e não perdendo a sua eficácia mesmo nos casos de esquecimento de uma toma. Os antagonistas do cálcio, nomeadamente a amlodipina, quando usados em monoterapia, são particularmente eficazes na prevenção do AVC, comparativamente a outros agentes hipotensores.

No estudo ALLHAT, a percentagem de doentes em monoterapia, que atingiram os objectivos foi de 30%, mas no grupo de doentes que estavam sob amlodipina, essa percentagem foi substancialmente superior (39%).

No estudo VALUE recentemente apresentado, em que foram comparados 80-160 mg de valsartan com 5-10 mg de amlodipina durante 4,2 anos em doentes com risco cardiovascular elevado, não houve diferença no endpoint primário (morbilidade e mortalidade cardiacas). No que respeita aos endpoints secundários houve uma redução em 23% de novos casos de diabetes no grupo valsartan, mas houve menos enfartes do miocárdio e menos AVC no grupo amlodipina. Este facto parece dever-se à diferença de 1.8 mmHg (137.5 mmHg no grupo amlodipina e 139.3 mmHg no grupo valsartan) nos valores médios finais da PA sistólica. Do exposto podemos concluir que, para além da idade, a hipertensão arterial é o principal factor de risco de AVC e que o controlo da pressão arterial é decisivo na redução da incidência do AVC. A terapêutica deve ser individualizada, e na maior parte dos doentes é necessário o uso de 2 ou mais medicamentos hipotensores. Para além de modificações do estilo de vida. Apesar do aparecimento de novas drogas hipotensoras a amlodipina desempenha ainda um papel importante no controlo tensional, especialmente nos doentes sem insuficiência cardíaca.


FONTE: http://acidentevascularcerebral.com/o-doente-com-avc/

quarta-feira, 29 de julho de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

A cientista que curou seu próprio cérebro

                                  
Jill Bolte Taylor estava acostumada a tratar pacientes acometidos de derrame. Até o dia em que foi vítima de um.

Em seu livro, ela chama a atenção para a importância do SONO, pós-AVC:

"Ao longo de vários anos, se não respeitasse a necessidade de sono de meu cérebro, meus sistemas sensoriais experimentavam sofrimento intenso e eu me sentia psicológica e fisicamente debilitada. Acredito que, se houvesse sido posta em um centro de reabilitação convencional, onde teria sido forçada a ficar acordada diante de uma televisão ligada, alerta pela administração de Ritalin, e submetida a uma reabilitação planejada por outra pessoa, teria escolhido me desligar mais e me esforçar menos. Para minha recuperação, foi de suma importância que se respeitasse o poder de cura do sono. Sei que várias metodologias são praticadas nos diversos centros de reabilitação existentes no país, mas defendo fielmente os benefícios do sono, sono, sono, e mais sono, intercalado por períodos de aprendizado e desafio cognitivo." pág. 111

PROBLEMAS COMUNS PÓS-AVC

Existem  vários problemas ou incapacidades que os sobreviventes de AVC terão que enfrentar nas primeiras semanas após sofrerem de um AVC. A maioria destas irão melhorar ao longo do tempo à mediada que o cérebro recupera. Em casos severos, poderão causar incapacidades a longo termo.

Fraqueza ou paralisia

Fraqueza, imperícia ou paralisia (hemiplagia) são um dos sintomas mais comuns e reconhecíveis de um AVC. Geralmente acontece num lado do corpo. A fraqueza ou paralisia de um braço ou perna é muitas vezes agravada pela rigidez (espasticidade) dos músculos e articulações. 

Equilíbrio

A perda de equilíbrio pode ser causada por danos na parte do cérebro que controla o equilíbrio. Ou pode acontecer devido à paralisia consequente da fraqueza muscular.

Engolir

Cerca de 50% das pessoas têm dificuldades de deglutição após o AVC (disfagia). Isto pode ser perigoso se os alimentos 'forem pelo sentido errado' e descerem pela traqueia. Algumas pessoas poderão necessitar de espessantes para auxiliar a sua alimentação durante algum tempo.

Sono e Cansaço

A maioria das pessoas sofrem de um cansaço extremo (fadiga) nas primeiras semanas após o AVC. Muitas também têm dificuldades de sono, o que as faz sentirem ainda mais cansadas.

Discurso e linguagem

Muitas pessoas sofrem de problemas de discurso e compreensão, e de leitura e escrita. Esta dificuldade com a linguagem designa-se de disfasia (também conhecida por afasia).

Quando uma pessoa tem dificuldades em perceber o que lhe está a ser dito, sofre de disfasia de recepção. Algumas vezes, uma pessoa pode perceber o que lhe está a ser dito mas não consegue encontrar as palavras certas para expressar o que quer dizer - neste caso sofre de disfasia de expressão. Normalmente as pessoas sofrem de um misto destes tipos de disfasia.

A disfasia é mais comum nas pessoas que sofreram um AVC no lado esquerdo do cérebro.

Visão

Um AVC pode danificar partes do cérebro que recebem, processam e interpretam informação que os olhos emitem. Algumas vezes, pessoas que sofreram um AVC poderão ter visão dupla ou perder metade do seu campo de visão - podem ver tudo para um lado, mas são cegos do outro.

Isto pode causar alguma atrapalhação e evidente comportamento estranho (tal como não comer a comida de um lado do prato).

Percepção e Interpretação

As pessoas poderão ter dificuldade em reconhecer objectos familiares ou saber como os usar. Também poderão ter problemas com algumas capacidades, por exemplo como dizer as horas já que o cérebro não consegue interpretar o que os olhos vêem.

Processos mentais

Um AVC frequentemente causa problemas com os processos mentais tais como, pensar, aprender, concentrar, relembrar, tomar decisões, raciocinar e planear. As pessoas podem perder a memória a curto prazo, o que torna mais difícil de prestar atenção e de se concentrarem.

Bexiga e Intestinos

Dificuldades de controlo da bexiga e dos intestinos (incontinência) não são invulgares após o AVC. A maioria das pessoas volta a ganhar este controlo em poucas semanas.

Alterações de Humor

Oscilações de humor são muitos prováveis após o AVC. A depressão, tristeza, raiva, ansiedade, baixa auto-estima e perda de confiança são muito comuns. Às vezes as pessoas têm dificuldades em controlar as suas emoções e podem chorar ou rir em ocasiões inapropriadas. O seu comportamento poderá parecer fora ou deslocado da sua normalidade.

Sensação

Algumas pessoas têm problemas relacionados com a sensação - ou sentem pouco ou sentem muito. Poderão ser sensíveis às cores, sons e luz. Ou poderão não sentir sensações dolorosas como o calor ou objectos afiados, os quais poderão causar acidentes e lesões.

Dor

A dor pode ser provocada pelo AVC (por exemplo, dor no ombro e espasticidade), ou pode ser causada por problemas que a pessoa teve antes e que o AVC os agravou.

Recuperação de um AVC requer tempo

Após um surto inicial de recuperação nas primeiras semanas, o processo de recuperação é muito gradual. Pode demorar mais de um ano para que uma pessoa tenha feito a recuperação da melhor forma possível, e em alguns casos continuam a melhorar durante um período muito mais longo.

Fonte: http://associacaoavc.pt/Informacao/Menu1/Page8.php

Postado por: Viviane da Rosa, socióloga

AVC É UMA EMERGÊNCIA MÉDICA


AVC OU DERRAME CEREBRAL

O Acidente Vascular Cerebral decorre da  altração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.

 - Acidente vascular isquêmico ou infarto cerebral: responsável por 80% dos casos de AVC. Esse entupimento dos vasos cerebrais pode ocorrer devido a uma trombose (formação de placas numa artéria principal do cérebro) ou embolia (quando um trombo ou uma placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e pela rede sanguínea chega aos vasos cerebrais).

Ataques isquêmicos transitórios, como o próprio nome indica, corresponde a obstruções temporárias do sangue a uma determinada área do cérebro. Geralmente, originada do acúmulo de plaquetas agregadas em placas nas paredes dos vasos ou formação de coágulos no coração. Os sinais e sintomas desse ataque são os mesmos do AVC, contudo tem duração de poucos minutos e deve servir de alerta para que o paciente procure assistência médica imediatamente, pois nesses casos o risco de um AVC é iminente.

 - Acidente vascular hemorrágico: o rompimento dos vasos sanguíneos se dá na maioria das vezes no interior do cérebro, a denominada hemorragia intracerebral. Em outros casos, ocorre a hemorragia subaracnóide, o sangramento entre o cérebro e a aracnóide (uma das membranas que compõe a meninge). Como conseqüência imediata, há o aumento da pressão intracraniana, que pode resultar em maior dificuldade para a chegada de sangue em outras áreas não afetadas e agravar a lesão. Esse subtipo de AVC é mais grave e tem altos indices de mortalidade.

Sintomas e sinais de alerta

Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como:

  • Dor de cabeça muito forte, de instalação súbita, sobretudo se acompanhada de vômitos.
  • Fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetado um dos lados do corpo;
  • Paralisia (dificuldade ou incapacidade de movimentação);
  • Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;
  • Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

Outros sintomas do acidente vascular isquêmico são tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação. Os ataques isquêmicos podem manifestar-se também com alterações na memória e da capacidade de planejar as atividades diárias, bem como a negligência. Neste caso, o paciente ignora objetos colocados no lado afetado, tendendo a desviar a atenção visual e auditiva para o lado normal, em detrimento do afetado.

Aos sintomas do acidente vascular hemorrágico intracerebral podem-se acrescer náuseas, vômito, confusão mental e, até mesmo, perda de consciência. O acidente vascular hemorrágico subaracnóide, por sua vez, comumente é acompanhado por sonolência, alterações nos batimentos cardíacos e freqüência respiratória e eventualmente convulsões.

O que faço se tiver um avc?

O AVC é uma emergência médica. Se achar que você ou outra pessoa está tendo um, é preciso:

  • Dirigir-se com urgência ao serviço de emergência do hospital mais próximo para um diagnóstico completo e tratamento;

Tratamento imediato

Quanto mais cedo o paciente for atendido melhor o prognóstico e maior as chances de sobrevivência.

Um importante avanço no tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico foi o desenvolvimento de novas terapias capazes de dissolver o coágulo, como os trombolíticos, e restaurar o fluxo sangüíneo para o cérebro. Alguns tratamentos funcionam melhor se administrados até três horas após o início dos sintomas.  O tratamento da hemorragia cerebral tambem é mais eficiente quando o paciente tem atendimento nas primeiras horas.

Infelizmente, a maioria dos pacientes não chega ao hospital em tempo de receber essas formas de terapias. De qualquer modo, todo paciente deve ser encaminhado ao hospital o mais rapidamente possível, para receber tratamento apropriado. Os procedimentos diagnósticos realizados no hospital são fundamentais para diferenciar o Acidente Vascular Cerebral de outras doenças igualmente graves e com sintomas semelhantes.

AVC É UMA EMERGÊNCIA MÉDICA

Enquanto novas terapias oferecem a possibilidade de um melhor tratamento para os pacientes com AVC, o desconhecimento dos sinais desta doença pelo público constitui o principal entrave para garantir maiores chances de êxito. O tratamento precoce do AVC na fase aguda é considerado essencial, mas só poderá alcançar sucesso quando a população e os serviços de emergência forem conscientizados da necessidade de se identificar rapidamente os sintomas e sinas do AVC, como acontece no infarto agudo do miocárdio.

OS CENTROS DE TRATAMENTO DE AVC E A PRESENÇA DO NEUROLOGISTA.

Para que o tratamento do AVC alcance os melhores resultados o paciente deve ser atendido por uma equipe multidisciplinar treinada e coordenada pelo neurologista com experiencia em AVC. Esse serviço deve funcionar vinte e quatro horas por dia durante os sete dias da semana. Esse centro deve possuir laboratório de emergência, serviço de tomografia computadorizada ou ressonância magnética e um apoio de uma unidade de tratamento intensivo (UTI). 

Nessas circunstâncias, ou seja, o atendimento em centros de AVC oferece melhores resultados pois o uso sobretudo das novas técnicas de tratamento na fase aguda requer rigorosos protocolos de segurança.   

É fundamental que as autoridades de saúde e diretores de hospital onde se atende AVC formem equipes para organização do tratamento.

AVC: Indício de outras doenças

Em pessoas que já sofreram um Acidente Vascular Cerebral há a possibilidade de existirem outras artérias, de diferentes partes do organismo, com coágulos e predisposição ao entupimento. Por isso elas possuem maiores chances de desenvolverem outros problemas de saúde. Essa é uma das conclusões do registro observacional REACH, que vem sendo conduzido em mais de 68 mil pacientes, em 44 países do mundo, inclusive no Brasil, para avaliar o perfil de risco de pacientes com alto risco de sofrer eventos aterotrombóticos, como infarto agudo do miocárdio, AVC e doença arterial periférica.

O registro mostrou que dos 19 mil pacientes avaliados que sofreram derrame, 40% também tiveram problemas em outras regiões vasculares, como no coração e nos pulmões. Um levantamento feito pela International Stroke Society (ISS) aponta para a mesma direção. Em torno de 15% dos pacientes que tiveram um AVC poderão falecer ou ser hospitalizados em decorrência de problemas nas artérias, como infarto ou um novo AVC, num período de um ano.

Fatores de risco

A maioria dos fatores de risco para AVC são passíveis de intervenção, portanto é possível se fazer um tratamento preventivo. A chamada prevenção primária.

Entre os fatores de risco que podem ser modificados destacam-se:

  • Hipertensão;
  • Diabetes;
  • Tabagismo;
  • Consumo freqüente de álcool e drogas;
  • Estresse;
  • Colesterol elevado;
  • Doenças cardiovasculares, sobretudo as que produzem arritmias;
  • Sedentarismo;
  • Doenças hematológicas.

Existem contudo fatores que podem facilitar o desencadeamento de um Acidente Vascular Cerebral e que são inerentes à vida humana, como o envelhecimento. Pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão a desenvolver o AVC. Características genéticas, como pertencer a raça negra, e história familiar de doenças cardiovasculares também aumentam a chance de AVC.

Esses indivíduos portanto devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais frequentes.

Reabilitação

Parte importante do tratamento, o processo de reabilitação muitas vezes começa no próprio hospital, afim de que o paciente se adeque mais facilmente a sua nova situação e restabeleça sua mobilidade, habilidades funcionais e independência física e psíquica. Esse processo ocorre quando a pressão arterial, o pulso e a respiração estabilizam, muitas vezes um ou dois dias após o episódio de Acidente Vascular Cerebral.

Um dos focos iniciais é evitar a espasticidade, rigidez nos músculos que pode provocar deformações que impedem o paciente de executar alguns movimentos. Essas deformidades formam-se a partir do permanecimento em posturas erradas devido à dificuldade de movimento..

O processo de reaprendizagem exige paciência e obstinação do paciente e, também, do seu cuidador que tem uma função extremamente importante durante toda a reabilitação. Ele é fundamental e o responsável e por dar os remédios nas horas corretas, em vista da possibilidade de esquecimento decorrente de alterações na memória.

Baseado na plasticidade cerebral, capacidade do cérebro de destacar células nervosas sadias para realizar funções de células danificadas, muitas técnicas utilizadas durante a reabilitação. Com isso, é possível grande recuperação dos membros lesionados.

Outro aspecto de considerável importância é a reintrodução no indivíduo no convívio social, seja por meio de leves passeios, compras em lojas ou quaisquer atividades comuns à rotina normal do paciente.  Essa orientação é fornecida pelo Terapeuta Ocupacional outro profissional muito importante na reabilitação do paciente.

CONCLUSÕES

  1. AVC É UMA DOENÇA PREVENÍVEL E PARA ISSO DEVE-SE INTERVIR NOS FATORES DE RISCO.
  2. AVC PODE SER REVERTIDO, SE O PACIENTE É ATENDIDO IMEDIATAMENTE OU NAS PRIMEIRAS TRÊS HORAS.
  3. É POSSÍVEL ALCANÇAR UMA REABILITAÇÃO ADEQUADA.

Fonte: http://www.cadastro.abneuro.org/site/publico_avc.asp

Postado por: Viviane da Rosa, socióloga

sexta-feira, 24 de julho de 2015

DECLARAÇÃO DE JOINVILLE SOBRE AVC

Os signatários desta declaração, conscienciosos da sua responsabilidade profissional, ética e de cidadania, e conhecedores das seguintes informações:

1. Dados incontestáveis que mostram que o acidente vascular cerebral,conhecido por muitos como "derrame", é hoje a maior causa de mortes no Brasil;

2. Que boa parte dos sobreviventes de um acidente vascular cerebral (AVC) corre o risco de conviver com a dependência funcional, que restringe ou impede a execução de atividades do dia a dia e condena a uma menor participação do indivíduo na vida familiar e em sociedade;

3. Que o envelhecimento inexorável da população brasileira e o grande número de brasileiros que hoje convivem com a pressão alta, o diabetes, o hábito de fumar, o excesso de peso e outros fatores de risco apontam para um crescimento do impacto do AVC nas estatísticas de saúde do nosso país nos próximos anos;

4. Que evidências científicas também incontestáveis demonstram que intervenções específicas e bem conhecidas podem evitar mortes e incapacidade por AVC;

5. Que a intervenção conhecida como "unidade de AVC" de tal forma aumenta as chances de que uma vítima da doença deixe o hospital e volte para casa com condições de executar as suas tarefas e viver com independência, que muitos países definiram metas para que todos os seus cidadãos vitimados pelo AVC recebam este tipo de tratamento;

6. Que as unidades de AVC constituem o componente essencial e integrado de um cuidado continuado, que deve começar na prevenção muitos anos antes de uma pessoa sofrer a doença,

7. Que o cuidado continuado deve enfatizar estratégias para promover a reabilitação interdisciplinar daqueles com algum prejuízo funcional;

8. Que o cuidado continuado requer conhecimentos e sua disseminação, organização, treinamento, integração de esforços e iniciativas declaram:

1. Que o AVC deve ser considerado prioridade de saúde nacional;

2. Que, no que se refere aos pacientes que tiveram ou estão sob grande risco de apresentar um AVC, a construção de uma rede assistencial e de um cuidado continuado é a única estratégia que hoje permite garantir o "acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde", como prevê a Constituição Brasileira de 1988;

3. Que a construção desta rede assistencial de cuidado continuado deve ter início com o consenso e o comprometimento político de todos os agentes envolvidos: gestores do Sistema Único de Saúde a nível municipal, estadual e federal, profissionais de saúde; provedores de assistência à saúde, segmentos da sociedade organizada e toda a comunidade em geral;

4. Que a criação de unidades de AVC deve ser uma prioridade para todos os hospitais que cuidam desses pacientes;

5. Que sejam estabelecidos padrões nacionais de acreditação e de acompanhamento de indicadores de qualidade nas unidades de AVC criadas;

6. Que os pacientes tenham acesso à reabilitação interdisciplinar;

7. Que estratégias sejam delineadas para que cada unidade de AVC criada possa ser um pólo de educação para profissionais de saúde e membros da comunidade, com o objetivo de fomentar a criação de novas unidades de AVC;

8. Que a integração com as equipes de saúde da família deve ser o elemento chave para garantir a continuidade do cuidado, que começa na prevenção primária, com o controle dos fatores de risco, comuns a todas as doenças cardiovasculares, incluindo o infarto do miocárdio e a doença arterial periférica;

9. Que a incorporação de novas tecnologias e intervenções complexas e de alto custo deve ser feita de modo criterioso;

10.Que sejam fomentados estudos epidemiológicos para viabilizar os dados de incidência, mortalidade e letalidade;

11.Que este comprometimento político possa ser traduzido na prática como mecanismos sustentáveis de financiamento e estratégias claras para a implementação das propostas apresentadas.

Joinville, 20 de Outubro de 2007

VI Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares

Declaração Joinville com Assinaturas

Fonte: Associação Brasil AVC, http://www.abavc.org.br



quinta-feira, 23 de julho de 2015

GUIA DE PRODUTOS DE APOIO LOW-COST

No site Portugal Acessível (http://www.portugalacessivel.com) encontrei o GUIA DE PRODUTOS DE APOIO LOW-COST. Trata-se de um guia completo de produtos que podem ser feitos gastando-se pouco e que são extremamente úteis para pessoas com alguma dificuldade de mobilidade, ou dificuldades para realizar suas atividades de vida diárias (AVDs).


http://www.portugalacessivel.com/files/Guia_Produtos_de_Apoio_Low-Cost.pdf

quinta-feira, 16 de julho de 2015

EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL NUM DOENTE COM DISFAGIA NO PÓS-AVC



Interessante estudo de caso sobre DISFAGIA (dificuldade de deglutir)
:
http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/54587/3/130996_0962TCD62.pdf

ORGANIZAÇÃO SEM BARREIRAS E ARASSAC (AUXÍLIO À AFASIA)

Foi no site da Organização Sem Barreiras (http://sembarreiras.org/) que encontrei a ARASSAC (Portal de Aragonês de Comunicação Alternativa e Ampliada). Lá encontram-se pictogramas (representações de objetos e conceitos traduzidos em uma forma gráfica extremamente simplificada, mas sem perder o significado essencial do que se está representando) que podem ser utilizados para estimular pessoas que tiveram um AVC e como sequela algum tipo de AFASIA (enfraquecimento ou perda do poder de captação, de manipulação e por vezes de expressão de palavras como símbolos de pensamentos, em virtude de lesões em alguns centros cerebrais e não devido a defeito no mecanismo auditivo ou fonador).

Ir para a página inicial
Portal Aragonês de Comunicação Alternativa e Ampliada

DIRETRIZES DE ATENÇÃO À REABILITAÇÃO DA PESSOA COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

A elaboração das diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral (AVC) foi indicada pelo Ministério da Saúde como necessidade para a qualificação do cuidado em reabilitação da pessoa com AVC no âmbito do Sistema Único de Saúde.

O material foi concluído em 2013. Trata-se de uma excelente fonte de informações em reabilitação e deveria ser seguida com atenção pelos profissionais da área. Ao mesmo tempo, serve de apoio às pessoas que sofreram um AVC e seus familiares, na busca de uma recuperação mais plena o possível.

A ASSOCIAÇÃO AVC EM BARCELOS, PORTUGAL

A Associação AVC (http://www.associacaoavc.pt) surgiu em Portugal, em 16 de julho de 1993, em Barcelos e tem como objetivo principal apoiar doentes com AVC e suas famílias.


No site da Associação estão disponíveis diversas informações sobre o assunto e downloads de materiais bem interessantes e importantes:

Mai vale prevenir...o Acidente Vascular Cerebral é primeira causa de morte em Portugal: http://www.associacaoavc.pt/images/downloads/pdfs/AAVC_A4__Institucional_P.pdf

Efeitos Psicológicos do Acidente Vascular Cerebral: http://www.associacaoavc.pt/images/downloads/pdfs/zA4_Psicologicos_P.pdf

Problemas de Comunicação Após um Acidente Vascular Cerebral: http://www.associacaoavc.pt/images/downloads/pdfs/AAVC_AAVC_A4_Comunicacao_P.pdf

Problemas Cognitivos depois de um Acidente Vascular Cerebral: http://www.associacaoavc.pt/images/downloads/pdfs/bA4_Cognitivos_P.pdf






REABILITAÇÃO APÓS AVC

Reabilitação após AVC

A reabilitação ajuda você a recuperar habilidades perdidas em consequência de um acidente vascular cerebral. Saiba o que é a reabilitação após AVC e o que esperar dela.

By Emily Gurnon, Escritor contribuinte.
Revisão médica: Giselle HPR Diniz.

Reabilitação após AVC

Dados recentes mostram que o AVC, ou o derrame, como muitas vezes é chamado, é a segunda causa de mortalidade no mundo. De acordo com o DATASUS, em 2009, 160.621 pessoas foram internadas por doenças cerebrovasculares, sendo que a taxa de mortalidade foi de 51,8 a cada 100.000 habitantes. Para aqueles que sobrevivem, a reabilitação ajuda a superar a deficiência causada pelo derrame e pode promover uma maior independência. Alguns estudos têm mostrado que o cérebro tem a capacidade de compensar a função perdida devido a um AVC. Em alguns casos, uma parte do cérebro assume as funções que a parte danificada não consegue mais desempenhar.

 

Se você está se recuperando de um acidente vascular cerebral, quando estiver bem o suficiente, o médico provavelmente vai encaminhá-lo para um serviço de reabilitação. Você pode fazer isso em um hospital ou centro de reabilitação, em uma unidade de cuidados de longa permanência, um ambulatório ou ainda em sua própria casa, com os profissionais adequados. A localização das sessões de reabilitação depende de suas necessidades.

Como a reabilitação pode me ajudar?

Recuperar-se de um AVC é um trabalho árduo. Você pode precisar de reabilitação por semanas, meses ou até mesmo anos. Mas há muitos profissionais que podem ajudá-lo a voltar a ter uma vida mais normal.

 

Dependendo de suas necessidades, os profissionais de saúde irão trabalhar nas seguintes áreas:

 

Linguagem, fala e memória. Algumas pessoas têm dificuldade de falar depois de um acidente vascular cerebral. Você pode não conseguir encontrar as palavras certas ou montar frases completas. Outros podem ter dificuldade em entender o seu significado. Também pode ser difícil para você ter um pensamento claro ou se lembrar das coisas. Fonoaudiólogos podem ajudá-lo com esses desafios.

 

Problemas musculares e nos nervos. Um acidente vascular cerebral pode afetar apenas um lado, ou parte de um lado do corpo. Você pode ficar paralisado ou muito fraco no lado afetado. Isso pode levar a quedas perigosas. Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais especializados irão ajudá-lo a reaprender como se vestir, andar, comer e tomar banho. Eles vão trabalhar com você para alongar e fortalecer os músculos.

 

Bexiga e problemas intestinais. Algumas pessoas perdem o controle das funções da bexiga e do intestino após um acidente vascular cerebral por causa de danos a determinados músculos e nervos. Você também pode sentir como se quisesse urinar, mesmo estando com a bexiga vazia. Especialistas podem abordar estas questões. Existem medicamentos que também podem ajudar.

 

Deglutição e problemas alimentares. Não é incomum ter dificuldade para engolir, após um AVC. As pessoas com este problema podem engasgar ou tossir enquanto comem. Um fonoaudiólogo pode trabalhar com você nisso.

 

Problemas emocionais. Recuperar-se de um acidente vascular cerebral pode ser frustrante e lento. Seu humor pode mudar rapidamente, e seu comportamento e julgamento podem não ser o que eram antes do AVC. É natural sentir-se ansioso, assustado e deprimido. Converse com sua equipe de saúde. Você pode precisar de um psicoterapeuta. Participar de um grupo de apoio a outras vítimas de derrame também pode ser benéfico.

Reabilitação pode evitar um segundo AVC?

Parte da reabilitação lhe ensinará quais são seus fatores de risco para evitar um outro AVC. Alguns deles, como os que você herdou de sua família, não podem ser alterados. Mas muitos podem. Você pode reduzir muito este risco, da seguinte maneira:

  • Pare de fumar, se estiver fumando. Evite também o fumo passivo.
  • Faça uma dieta saudável. Pergunte ao seu médico sobre o tipo de dieta mais adequada.
  • Mantenha um peso saudável. Seu médico pode ajudá-lo a determinar qual o seu peso saudável.
  • Seja fisicamente ativo. Converse com seu médico para determinar um nível seguro de atividade física.
  • Seu médico também pode ajudar a controlar quaisquer condições clínicas que aumentem o risco, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, doença arterial periférica ou carotídea e doenças cardíacas de maneira geral.
 
FONTES:
 
- Almeida SEM. Análise epidemiológica do Acidente Vascular Cerebral no Brasil. Rev Neurocienc.2012;20(4):481-482.
- Pontes-Neto OM, Silva GS, Feitosa MR, de Figueiredo NL, Fiorot JA, Rocha TN, et al. Stroke awareness in Brazil. Stroke 2008;39:292-6. http://dx.doi.org/10.1161/STROKEAHA.107.493908
- Ministério da Saúde/SE/Datasus (endereço na internet).Local: Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIH/SUS IBGE: base demográfica. (atualizado em: 12/2010) Disponivel em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS.
- National Heart, Lung, and Blood Institute. What is a stroke?
- National Stroke Association. Rehabilitation therapy after stroke.
- American Stroke Association. Post-stroke rehabilitation.


INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE AVC

A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral (AVC), sendo essa a primeira causa de morte e incapacidade no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) e Academia Brasileira de Neurologia (ABN). "O AVC, que atualmente é chamado de AVE (acidente vascular encefálico), ocorre quando existe a interrupção da oferta de oxigênio e nutrientes em um território do cérebro, cerebelo ou tronco cerebral", explica o cardiologista Rafael Munerato, do laboratório Pasteur. Essa interrupção pode ocorrer devido a um entupimento, que é o AVC isquêmico, ou rompimento de um vaso, caso do AVC hemorrágico. Os fatores de risco são semelhantes aos do infarto do miocárdio: tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes, hipertensão e colesterol elevado. Dessa forma, a adoção de hábitos saudáveis e controle de doenças metabólicas e cardiovasculares é essencial para prevenir esse mal. "E quando falamos de cuidado, é preciso reconhecer os principais sintomas do AVC para que o atendimento seja feito o mais rápido possível, uma vez que isso é decisivo para a boa recuperação do paciente", alerta o neurologista André Felício, de São Paulo. Se você ainda tem dúvidas sobre o que fazer quando se tem um derrame cerebral, confira:

Nem toda a pessoa vai "cair dura"

É muito comum acharmos que, em caso de derrame cerebral, a pessoa irá passar mal e desmaiar, devendo ser encaminhada para o hospital. Entretanto, os sintomas são muito mais sutis. "Dormência e fraqueza em uma metade do corpo, alteração da fala e desequilíbrio são alguns dos sintomas de AVC", explica a neurologista e neurofisiologista Adriana Ferreira Barros Areal, do Hospital Santa Luzia, em Brasília. É importante entender que o AVC se manifesta como uma perda neurológica súbita, ou seja, mudanças em seus movimentos, fala, visão ou qualquer outra coisa que funcionava de uma determinada maneira e parou de repente ou então você começou a fazer de outra maneira. É extremamente importante saber reconhecer o AVC o mais rápido possível, pois o tratamento precoce fará toda a diferente no futuro desse paciente. Confira alguns dos principais sintomas de AVC: 

- Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
- Sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;
 
- Perda súbita de visão em um olho ou nos dois olhos; - Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem;
 
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
 
- Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. 

Não espere o pior passar

Outra mania muito perigosa - principalmente quando o assunto é derrame cerebral - é esperar a dor passar para, então, procurar um médico. No geral, pensamos que é melhor deixar a pessoa se estabilizar, para evitar qualquer sofrimento em uma viagem ao hospital ou socorro. Entretanto, na suspeita de um AVC, o ideal é encaminhar essa pessoa para o hospital o mais rápido possível. "É preciso entender que uma característica fundamental do AVC é a sua instalação súbita, e cada minuto perdido poderá fazer diferença lá na frente, na hora da recuperação, uma vez que quanto maior é o dano cerebral, maiores são as sequelas", lembra o neurologista André Felício, de São Paulo. Os danos de um AVC são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado. Inclusive, no caso de AVC isquêmico, o médico pode dar ao paciente um medicamento antitrombótico chamado alteplase, que deve ser aplicado em até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Esse medicamento diminui em 30% o risco de sequelas do AVC isquêmico e em 18% a mortalidade. 

 

Não dê AAS

Muito se fala também sobre ministrar uma pílula de AAS (ácido acetilsalicílico) quando uma pessoa está sofrendo um AVC, já que ela afinaria o sangue e impediria um novo êmbolo. Apesar de ser um raciocínio correto, ele só traria algum benefício para pessoas que sofreram um AVC isquêmico - e ainda sim não é nada muito expressivo. "Nos casos de AVC hemorrágico, o ácido acetilsalicílico pode piorar ainda mais o sangramento, agravando o quadro", explica a neurologista Adriana. E como não é possível saber qual tipo de derrame cerebral a pessoa está tendo sem avaliação médica, o conselho é não dar qualquer medicamento e encaminhá-la para o hospital.  

 

Não dê remédio para pressão

Aqui a lógica é a mesma do ácido acetilsalicílico: nenhum medicamento deve ser ministrado sem avaliação médica, ainda que o paciente seja hipertenso. Novamente, é impossível saber que tipo de AVC a pessoa está sofrendo e se o medicamento irá beneficiar ou não aquele quadro. "Nos casos em que o paciente tem hipertensão, a atenção com o rápido atendimento deve ser redobrada, e o controle do nível de pressão vai depender do tipo de AVC, do tratamento proposto e da história prévia da pessoa", explica a neurologista Adriana.

 

Se a pessoa tiver diabetes, verifique a glicemia

 Em pacientes do diabetes, explica a neurologista Adriana, a glicose muito alta ou muito baixa pode imitar os sintomas de AVC. "Portanto, a verificação da glicemia ajuda a distinguir um problema de outro", diz. Dessa forma, é importante fazer medição e, caso não seja o caso de uma alteração na glicemia, correr para receber o atendimento adequado.

Chamar a emergência ou correr para o hospital?

Se você estiver perto de um hospital ou pronto socorro de confiança e tem condições de ir ou levar o paciente para lá com rapidez, não há porque esperar a ambulância. "Entretanto, se você está longe de um pronto atendimento, não tem carro, a viagem até lá seria muito difícil ou você não está em condições de ir sozinho, não hesite em chamar a emergência, pois o tratamento pode iniciar já na ambulância", aconselha a neurologista Adriana. Além disso, o neurologista André Felício lembra que o ideal é dar preferência a hospitais que sabidamente tem um serviço dedicado ao tratamento agudo do AVC, que são aqueles capazes de realizar procedimentos neurológicos, como exames e cirurgias. 

 

É necessário procedimento cirúrgico?

Existem dois tipos de cirurgia que podem ser indicadas para o tratamento do AVC. Se o paciente tiver obstrução significativa das artérias carótidas no pescoço (caso de AVC isquêmico), pode precisar de uma endarterectomia de carótida. Durante esta operação, o cirurgião remove a formação de placas nas artérias carótidas para reduzir o risco de ataque isquêmico transitório (TIA) ou AVC. Os benefícios e os riscos desta cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados, pois a cirurgia em si pode causar um AVC. Já para o AVC hemorrágico, o tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento. O tratamento cirúrgico para o caso de AVC hemorrágico pode não ser realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro. "Mas nem todo o paciente precisará desses procedimentos cirúrgicos para se recuperar de um derrame cerebral", diz a neurologista Adriana. "A indicação cirúrgica também depende da gravidade do quadro e da condição clinica do paciente, sendo avaliado caso a caso."  

 

Toda recuperação é igual?

Não, o andamento do paciente após um AVC pode variar muito. Tudo depende de fatores como extensão do AVC, local do cérebro onde ele aconteceu, demora no tratamento, idade, tipo de derrame, doenças relacionadas... Não há regra. "Cada caso evolui de um jeito", afirma Adriana Ferreira. "Todavia, quanto mais precoce e mais especializado o atendimento em geral os resultados são melhores."